Indústria de jogos da Bélgica apoia cautelosamente novas regulamenta??es

Garance Limouzy September 6, 2024

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Indústria de jogos da Bélgica apoia cautelosamente novas regulamenta??es

A Associa??o Belga de Operadores de Jogos (BAGO) expressou um apoio cauteloso à “Lei Van Hecke”, que entrou em vigor em 1o de setembro de 2024, alterando a Lei de Jogos de Azar da Bélgica de 1999. Embora a BAGO apoie várias disposi??es da lei, ela levantou preocupa??es sobre possíveis brechas e inconsistências.

Principais mudan?as

  • Aumento da idade mínima para jogos de azar: todas as formas de jogos de azar – tanto presenciais quanto on-line – agora s?o restritas a pessoas com 21 anos ou mais. Operadores que n?o cumprirem essa restri??o enfrentar?o penalidades, incluindo a obriga??o de reembolsar apostas feitas por jogadores menores de idade.
  • Proibi??o de publicidade: a publicidade de jogos de azar é amplamente proibida, com exce??es limitadas para alguns acordos de patrocínio em esportes profissionais até o final de 2027. Clubes amadores podem continuar com patrocínios limitados, e a Loteria Nacional está isenta dessas restri??es.
  • Proibi??o de crossover de licen?as: a lei endurece as regulamenta??es para detentores de licen?as, proibindo operadores de oferecer vários tipos de jogos de azar no mesmo local físico ou online. Os jogadores n?o poder?o mais usar uma única conta para várias atividades licenciadas.
  • Proibi??o de incentivos: os operadores est?o proibidos de oferecer brindes, viagens ou outros incentivos para atrair jogadores.

Apoio misto da BAGO

A BAGO, que representa operadores de jogos de azar licenciados, há muito defende o aumento da idade mínima para 21 anos. Tom De Clercq, presidente da BAGO, acolheu a mudan?a, afirmando: “Há algum tempo, estamos pedindo esse limite de idade mais alto para proteger melhor os jovens jogadores.”

No entanto, a associa??o expressou preocupa??o de que indivíduos menores de idade ainda possam acessar sites de jogos de azar ilegais que n?o oferecem prote??o aos jogadores. “é essencial garantir que esses jogadores n?o sejam levados a plataformas n?o regulamentadas, onde as prote??es s?o inexistentes. Devemos focar em combater o mercado ilegal”, disse De Clercq.

Críticas à isen??o da Loteria Nacional

A BAGO também criticou a isen??o concedida à Loteria Nacional em rela??o às restri??es de publicidade e idade, citando isso como uma grande inconsistência na lei. De Clercq apontou para estudos que indicam que um número significativo de jovens participa de jogos de loteria, inclusive menores de 18 anos.

“é impressionante que esse limite de idade n?o se aplique a raspadinhas e jogos de loteria oferecidos pela Loteria Nacional”, observou De Clercq. “Isso cria um padr?o duplo, onde os jogadores mais vulneráveis ainda est?o expostos a atividades de jogos de azar. Todos os operadores devem ser submetidos aos mesmos padr?es.”

Canaliza??o

A BAGO pediu uma revis?o dos impactos mais amplos da lei no mercado regulamentado. A organiza??o enfatiza a necessidade de monitorar se as novas regulamenta??es canalizam os jogadores para plataformas licenciadas e protegidas ou, inadvertidamente, os empurram para operadores ilegais.

De Clercq concluiu: “O objetivo final deve ser garantir que todos os jogadores, independentemente da plataforma de jogos de azar que escolham, recebam o mesmo nível de prote??o e supervis?o.”

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